É importante se conscientizar que não é normal dormir mal e as causas da insônia podem ser muitas.
Primeiro, temos o fator predisposição, que é quando o indivíduo herda alguma disfunção que possa facilitar
a insônia. Depois existem os maus hábitos que têm influência sobre o sono, como por exemplo a ingestão
de substâncias estimulantes como cafeína, nicotina em determinadas horas do dia. Em terceiro lugar estão
as doenças, que podem causar a insônia. Temos ainda questões emocionais como preocupações familiares,
financeiras, emocionais e por último as medicações que podem interferir no sono.
Quais pessoas são mais propensas a ter insônia?3
Geralmente, quem mais sofre com a insônia é a população psiquiátrica, ou seja, quem tem depressão,
ansiedade, transtorno do pânico, entre outras doenças. Entre os gêneros, a mulher tem mais insônia do que
o homem com agravamento na depois da menopausa. A classe social também influencia no sono, sendo
que os menos favorecidos são mais acometidos pelo problema incluindo pessoas aposentadas por conta da
perda da rotina.
Vale lembrar que cada organismo é diferente do outro e os sintomas também podem ser diferentes, portanto
é sempre recomendável buscar ajuda médica para se ter um diagnóstico correto e possível tratamento.
Como é feito o diagnóstico?1,3
O diagnóstico da insônia é feito com base na história clínica do paciente. Às vezes é necessário fazer alguns
exames para verificar se há algum outro problema de saúde que pode favorecer a insônia. Entre os exames
específicos estão a polissonografia, que é o exame do sono que ajuda também a detectar a apneia; e
o questionário de avaliação do sono, que ajuda em um diagnóstico mais preciso. Para uma análise mais
profunda pode ser solicitado que o paciente faça um diário do sono para conhecer melhor os padrões e ajudar
no tratamento.
O que é higiene do sono?1
O tratamento principal para a insônia é o que abrange medidas comportamentais e é chamado de Terapia
Cognitiva Comportamental da Insônia, na qual a higiene do sono está inserida. Aqui, o médico aborda com
o indivíduo o que pode estar prejudicando o sono, suas expectativas, ansiedades, entre outros. Depois
segue para a correção dos hábitos diários fazendo a higiene do sono. Em muitos casos há necessidade de
personalizar as medidas já que os hábitos nunca são iguais.
Os aparelhos de TV e telas em geral1
De forma geral a luz das telas interfere no sono, primeiro porque são estimulantes, segundo porque diminuem
a produção da melatonina, que é um hormônio do sono. A luz azulada das telas age diretamente na produção
deste hormônio prejudicando o dormir ou mesmo a qualidade do sono. Diminuir a luminosidade do ambiente
e não mexer em celulares à noite faz parte da higiene do sono. Já ver TV na cama pode ser prejudicial para
uns e ajudar no sono de outros. Por isso a individualização do tratamento e o compromisso de mudar hábitos
é tão importante.